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Músico Tocando Guitarra
Guilherme Santos - 2018
Madeira cedro esculpida
37,00 cm altura x 7,00 cm largura x 11,00 cm profundidade
USD 255,00

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Código do produto: 14388
O ARTISTA
Guilherme Santos

Espécies únicas, beleza contemplativa e sutil: o cerrado brasileiro, segundo maior bioma do País, tem um valor ambiental e social imprescindível. Nesse vasto ambiente, encontram-se 216 terras indígenas e 83 etnias (entre elas quilombolas*, sertanejos* e ribeirinhos*). Seus únicos dez frutos comestíveis alimentam as populações locais e ainda movem o comércio das cidades. Além disso, a vegetação contribui para o progresso da economia brasileira ao disponibilizar plantas - apenas lá encontradas - para a recuperação de solos.
A convivência harmoniosa entre essas diferentes partes envolvidas e o agronegócio é de se admirar. É como mergulhar na essência brasileira em um mesmo tempo e espaço.
Inspirado por essa diversidade, o tocantinense Guilherme Santos transforma o cerrado brasileiro em arte: esculpe suas peças figurativas utilizando-se principalmente da madeira de buriti, abundante no bioma. De acordo com ele, o jatobá e a bucha vegetal também são elementos naturais fundamentais para enriquecerem suas esculturas.
“A reciclagem orgânica é uma maneira de mostrar o quanto é fácil viver em harmonia com o meio ambiente sem agredi-lo”, descreve o artista.
A valorização desses elementos naturais brasileiros já seria o suficiente para se traçar um paralelo entre as obras de Guilherme e as artes plásticas tropicalistas. No Tropicalismo , os padrões estéticos romperam com os costumes de utilizar o que vinha dos grandes centros da arte mundial, como a Europa.
Mas a relação com esse movimento brasileiro tornou-se ainda mais evidente nas criações do artista quando ele decidiu fundir seu talento a elementos típicos da cultura popular brasileira.
Na série de músicos, aqui apresentada na autentikart, o artista abarca os instrumentos utilizados no chamado “Forró Pé de Serra” – a forma mais tradicional do gênero forró, que retrata o cotidiano do sertão do Norte e Nordeste brasileiros.
Assim como no Tropicalismo, Guilherme populariza suas obras ao imprimir emoção e simplicidade por meio de seus personagens. “Cada peça é uma peça, cada obra toma uma forma e uma representação”, diz.
Desde criança Guilherme Santos é apaixonado por artes. Além de ter frequentado uma escola de montagem de madeira por anos, costumava desenhar gibis.
Guilherme começou a comercializar seu trabalho em feiras livres e durante sua trajetória profissional participou inúmeras vezes do Salão de artesanato de São Paulo, reconhecido por aprovar apenas os melhores estatuários do Brasil a exporem seus trabalhos. Destaca-se ainda sua atuação em diversos outros salões do País, principalmente em seu estado, Tocantins; e, internacionalmente, em Milão, na Itália.
* quilombos: locais de refúgio de escravos africanos e afrodescendentes em todo o continente americano.
* sertanejos: comunidades que vivem distantes dos centros urbanos.
* comunidades ribeirinhas: aqueles que residem nas proximidades dos rios e têm a pesca artesanal como principal atividade de sobrevivência.
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