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Boipeba
Péricles Mendes - 2023
Fotografia impressa com tinta mineral em papel Hahnemühle Photo Rag Baryta 240g. Tiragem 8
50,00 cm altura x 80,00 cm largura x 0,10 cm profundidade
USD 1.185,00

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Código do produto: 15239
O ARTISTA
Péricles Mendes

As pessoas são irremediavelmente ligadas ao lugar em que crescem e, para os artistas, seus locais de nascimento estão profundamente ligados à sua arte.
A psicogeografia explora a ligação entre a nossa casa, o lugar onde trabalhamos, a natureza e como nos sentimos a partir disso tudo. Foi baseado nesse conceito, de Jean-Marc Besse, que o fotógrafo Péricles Mendes aproveitou sua infância cercado pelo mar da cidade de Itapuã, Salvador (BA) para construir cenas fotográficas que intercalam a paisagem natural com alguns objetos elaborados em ateliê.
“Meu trabalho é afetado pelo convívio diário. Os elementos naturais estão sempre em destaque: a paisagem, o horizonte ou a água. Tudo permeado por ficções, interferências digitais e ambientais que promovem uma fábula, uma realidade mista”, conta Péricles.
A vivência dele com o meio ambiente possibilitou o entendimento da fotografia como uma realidade mista - concepção de Serge Tisseron - para quem a imagem fotográfica é interpretada tanto por uma realidade objetiva quanto pela ficção. “Minha fotografia é usada como um modo de produção e ficcionalização do espaço real a partir da experiência sensível de estar nele”, explica.
Entusiasta do cinema, Péricles não pode assistir filmes sem que eles afetem um pouco do seu trabalho. Por isso, para sua fotografia documental, se apoderou do conceito mise-en-scène: termo vindo da expressão teatral francesa “colocar no palco”, o que, traduzindo para o cinema, seria algo como “colocar na tela”. Ou seja: tudo aquilo que aparece no quadro e o modo como ele é montado.
Na criação da série Epifanias, tese que defendeu no seu doutorado, o fotógrafo utilizou a mise-en-scène para compor uma criação na qual os sentidos do corpo e a câmera atuam na produção de um mundo imaginário. As fotos são feitas a partir do deslocamento e da implantação de objetos tridimensionais, compostos por ossadas de animais e refugos eletrônicos, estabelecendo pela fotografia uma simbiose entre a geografia natural e ficções fotográficas. Ao recorrer à manipulação digital, o artista desencadeia uma aura sobrenatural na sua captura de paisagens comuns ao apagar o suporte dos objetos.
“De certo modo, ao quebrar a natureza do índice documental, proponho outro tipo de documento: o testemunho do sonho”, conta.
Péricles tem interesse por inúmeras questões sociais e seus trabalhos fotográficos resgatam da obscuridade importantes discussões, normalmente negligenciadas.
A coleção Descartáveis nasceu de uma investigação dos impactos causados pela produção em massa dos automóveis na paisagem rural de Salvador: as capturas exploram os veículos roubados e abandonados em áreas de proteção ambiental. Já para a série Subtraídos, Péricles percorre autoestradas da Bahia, procurando outdoors em desaparecimento - desprovidos de propaganda - para eternizar, com a fotografia, um apagamento midiático, reivindicando a observação cognitiva da paisagem, ao mesmo tempo que denuncia a usurpação de um espaço público.
Para a obra A.T.O, o artista desconstrói imagens de propagandas publicitárias exibidas na televisão. E o projeto Autônomos propõe uma releitura da rede elétrica da sua cidade natal, cujo realismo funcional é abdicado em favor de uma construção geométrica. “Meu trabalho não é autobiográfico, mas sempre vou criar algo que contenha resquícios do que estou vivendo naquele momento”, esclarece o artista.
O fotógrafo baiano Péricles Mendes é Doutor desde 2021 na linha de pesquisa "Processos Criativos nas Artes Visuais", pela Escola de Belas Artes (EBA), na Universidade Federal da Bahia, com sua tese Epifanias: interfaces para paisagens ficcionais. Ele não tinha nenhuma influência artística na família, mas o destino providenciou um jeito de encaminhá-lo na direção certa. “Fui afetado por aquela revista de fotografia que vai no avião de bordo, na época da transbrasil. Meu pai trabalhava no aeroporto e certa vez me deu uma. Quando coloquei minhas mãos nela nem imaginava que um dia seria fotógrafo. Foram as imagens, as cores e os enquadramentos daquelas fotografias que me chocaram, guardei a sensação até começar a traçar o caminho das artes”, relembra.
Trabalhou por sete anos como professor de fotografia no Senac, mas hoje dedica-se integralmente à produção de obras e exposições pelo Brasil e fora dele. Ganhou o prêmio de aquisição no 18° Salão Anapolino de Arte. Em 2022 expôs na mostra coletiva Fotografia e Vídeo na Casa de la Cultura Fondo Nacional de las Artes, em Buenos Aires, Argentina. Participou também dos Salões de Arte Visual da Bahia de 2008 a 2012 e foi convocado para o 1º Encontro nordeste de fotografia: Narrativas e Alteridade, no Museu da Cultura Cearense, em 2016.
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