Bem-vindo ao portfólio de Luiz Queiroz
Manjericão, série Flores
Luiz Queiroz - 2024
Fotografia impressa em papel FineArt Hahnemühle Photo Rag 308gr
50,00 cm altura x 33,00 cm largura x 0,10 cm profundidade
USD 340,00
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Código do produto: 15432
O ARTISTA
Luiz Queiroz
O que inspira o olhar do fotógrafo Luiz Queiroz não são as grandes cenas, mas os pequenos silêncios: é a luz da manhã atravessando a cortina, a sombra projetada no concreto, o vazio de uma rua que parece conter o mundo.
As fotos do artista nascem da escuta, de tudo aquilo que não é dito, mas que possui a capacidade de silenciar ao redor, como a natureza, os prédios, o tempo ou a solidão. É a aura das coisas que realmente o capturam e, talvez, seja justamente essa procura por outras perspectivas que definem sua trajetória: uma busca silenciosa por atmosferas que nem sempre podem ser nomeadas, mas que se tornam palpáveis através da imagem.
“Enquanto todo mundo olha para o pôr do sol, eu me viro para ver o que ele está iluminando”, conta.
A linguagem artística de Luiz se volta para a poética do mistério, tudo aquilo que está encoberto, mas que, com um clique, pode ser revelado. Por isso, sua câmera está sempre a postos em dias nublados, com chuva, quando o mundo parece suspenso e mais propício à contemplação.
Também se dedica a séries como Janelas, Flores e Nuvens e Lua, esta última composta por registros noturnos em que a lua se esconde entre nuvens saturadas de cores quase invisíveis a olho nu. “Eu não coloco cor nenhuma. Só aumento a saturação, e a imagem revela o que já estava lá”, expõe.
Seu processo criativo é essencialmente intuitivo: o artista não parte de ideias fechadas nem de roteiros visuais. Pelo contrário, prefere deixar que as imagens encontrem seu lugar com o tempo. Muitas vezes, fotografa para só trabalhar a foto semanas ou meses depois, editando os arquivos digitalmente com atenção minuciosa, explorando contrastes, texturas, granulações e saturações.
“Cada foto me diz o que ela quer ser, às vezes é um preto e branco limpo, outras, precisa de ruído, de sombra, de densidade. Eu não sigo fórmulas”, explica.
A pandemia de 2020 também marcou profundamente sua arte, Luiz ficou isolado em casa por quase dois anos e passou a fotografar compulsivamente da janela de seu apartamento. O que antes era paisagem virou série, livro, narrativa visual. Assim nasceu Planicidade, publicação independente com 84 páginas de imagens que registram o horizonte urbano com olhar de escuta.
“Fiquei preso, mas com um campo de visão imenso. Eu via São Paulo inteira através da minha janela, de Barueri até a Paulista. E fui registrando tudo, todos os dias”, revela.
Nascido em São Paulo, Luiz Queiroz formou-se em Publicidade, mas decidiu seguir profissionalmente com a fotografia. Começou a fotografar ainda menino, com uma câmera herdada do pai, fotógrafo amador. Aos oito anos já queimava filmes com entusiasmo, fascinado pelo que podia capturar com as próprias mãos.
O artista já viveu e trabalhou por seis anos na Itália e também passou algum tempo em Londres, onde teve a oportunidade de aprender com mestres como Oliviero Toscani, Fabrizio Ferri e Bert Stern. Foi nos bastidores desses estúdios que desenvolveu sua compreensão profunda sobre luz, sombra e composição, aprendendo com a prática e com os erros.
Sua primeira foto publicada em uma revista de arte foi em 2022, na Artriha, de Bauru. Desde então, participou de exposições coletivas e individuais, como a Exposição Internacional de Vitória de Gasteis, na Espanha, e na Pinacoteca de São Bernardo do Campo, em 2019.
“Para mim, a arte é o que faz a gente respirar, sem ela, ainda estaríamos nas cavernas. Desde sempre o ser humano tenta imprimir na parede aquilo que sente. Eu só continuo fazendo isso, mas com uma câmera”, finaliza
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