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Sem título, série Paisagem

Paulo Costa - 2024

Acrílica sobre tela

90,00 cm altura x 140,00 cm largura x 2,00 cm profundidade

USD 2.295,00

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O ARTISTA

Paulo Costa


A arte contemporânea incentiva a inovação e a experimentação, impulsionando novas formas de criar e de perceber a realidade.

O que é uma paisagem natural? A maioria responderia: um gramado verde, com árvores, montanhas ao fundo, céu azul repleto de nuvens e alguns pássaros voando.

Mas, para a filósofa e artista visual Anne Cauquelin, a paisagem, antes de ser um dado natural, é uma invenção cultural, uma construção simbólica que atravessou séculos de elaboração.

Assim, olhar a natureza seria como olhar um espelho moldado pela sociedade, pelas imagens e discursos que se acumulam em nossa memória coletiva. Ou seja, a paisagem não é pura evidência: é dobra, sobreposição de sentidos e ilusão.

É nesse diálogo com Cauquelin que o trabalho do artista Paulo Costa encontra força, pois, ao olhar para a paisagem não como simples reflexo da natureza, mas, sim, como uma construção simbólica carregada de lembranças e sentidos, ele se lança à tarefa de revelar dobras, tensionar fronteiras e provocar fabulações no olhar do espectador com suas pinturas abstratas.

Segundo Paulo, em sua série “Travessia: ecos interiores”, por exemplo, a paisagem aparece como uma metáfora de memória e transformação. A linha do horizonte, imaginária e sempre móvel, organiza a composição, abrindo caminho para fabulações e convidando o espectador a reconhecer suas próprias lembranças diante do que é efêmero e do que resiste na natureza.

A abstração, aqui, não se afasta da vida; pelo contrário, revela sua essência, traduzindo em cores e luzes o que ela carrega. Cada obra se torna um lugar onde o olhar encontra espaço para imaginar e reconhecer aquilo que muitas vezes não se pode nomear.

Para Costa, as criações contemporâneas desempenham um papel fundamental na sociedade atual, funcionando como uma ferramenta de expressão, reflexão e transformação social. Elas refletem as complexidades do mundo moderno, abordando temas como tecnologia, identidade, sustentabilidade e desigualdade, estimulando o pensamento crítico e promovendo o diálogo entre diferentes culturas e perspectivas.

“A arte contemporânea incentiva a inovação e a experimentação, impulsionando novas formas de criar e de perceber a realidade”, reflete o artista.

Inspirado por referências como Kandinsky, Pollock, Mondrian, Braque e Fábio Miguez, Paulo cria sua poética mergulhando na experimentação com tinta acrílica e pigmentos sobre a tela. Ali, o gesto, o acaso e a intuição se misturam com um certo cuidado na forma, transformando a pintura num espaço onde o que vem de dentro se encontra com a paisagem de fora.

Apaixonado por descobertas, seus trabalhos também são atravessados pela cultura que absorveu das cidades por onde viajou: Nova Iorque, Lima, Paris, Amsterdã, Atenas, Veneza, Santorini e Buenos Aires. Em cada uma delas, ele notou como o espaço se entrelaça à identidade humana, sempre em movimento.

Essas experiências se somam à sua relação íntima com a terra, herdada de gerações de agricultores que cultivam banana-prata há quase dois séculos, numa propriedade familiar em Minas Gerais.

Nascido em Belo Horizonte, Paulo Costa é graduado em Design Gráfico pela Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG). O artista também foi mentorado por Tereza Kalil e, mais recentemente, por Iane Zanini. Sua produção atual une pesquisa estética e memória pessoal, conectando pintura, paisagem e subjetividade.

Paulo já participou de exposições individuais e coletivas em espaços sociais de Belo Horizonte, incluindo shopping centers. Suas pinturas atingiram coleções particulares e estão disponíveis em Corumbau, litoral da Bahia.



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